quarta-feira, 8 de julho de 2009



Valores humanos.


Nestes últimos tempos tenho sentido que tem se dado mais ênfase aos valores patrimoniais e que, o valor da vida humana é muito pequeno.

Tenho sentido na própria pele que as pessoas não se importam com as necessidades alheias. E que a cortesia não mais existe. Raramente vemos alguém mais jovem ceder seu lugar aos mais idosos, constatamos com pesar que o bom senso de tirar as crianças do assento para os mais velhos sentarem é coisa que se perdeu no tempo, ficou no passado.

Atualmente o egoísmo é a tônica permanente e cotidiana.

Tudo o que encontramos são as pessoas em busca de seus próprios interesses. São pais, que a título de agradar seus filhos, estão criando legiões de egoístas, ensinando aos seus filhos a dar maior valor ao individual e deixando de ensinar o valor do coletivo, do social. Vemos os pais se esforçando ao máximo para agradar, realizando todos os desejos dos filhos, mas não ensinando a compartilhar, a respeitar os direitos e limites alheios.

Não sei quem foi, mas sei que em algum momento alguém ensinou que os bens patrimoniais são mais importantes que o ser humano.

E o pior é que nós acreditamos. E hoje ficamos atônitos ao vermos alguém matar por conta de um simples incidente de trânsito. Hoje é normal vermos um segurança bancário virar o rosto, fingindo não ver o idoso que está passando mal na porta do banco. Ele não poderia pedir para que alguém no banco chamasse o resgate? Isso iria interferir em seu trabalho?

De fato os valores estão invertidos. E é nossa obrigação, como cristãos, restabelecer os verdadeiros e reais valores de humanidade e altruísmo. Caso contrário estaremos sendo coniventes com essa situação.

Se olharmos a Bíblia encontraremos que Jesus também se confrontou (e combateu) com egoísmo; com pessoas que também invertiam os valores éticos e humanos. Pessoas que, para proveito próprio, colocavam as ofertas como mais importante que o próprio altar.

Em Mt. 23:16- 20, Jesus deixa claro que os escribas e os fariseus davam importância muito maior aos bens materiais, do que aos bens espirituais. Eles, assim como muitos de nós hoje em dia, acreditavam que o patrimônio e as riquezas eram mais importantes que o homem, ou mesmo que Deus.

Jesus chega a chamá-los de cegos, por que na realidade eles perderam o verdadeiro senso de valores. Eles haviam se afastado de tudo aquilo que realmente era importante.

Em outro momento, os fariseus, chegam a confrontar Jesus por conta da tradição que manda lavar as mãos e Jesus fala-lhes da quebra do mandamento de honrar pai e mãe, por eles “oferecerem” todos os bens a Deus, única e exclusivamente para não ter que dar aos pais (Mt. 15:1- 6). Com certeza esses homens haviam se afastado de tudo aquilo que se chamava dignidade e comunitário; haviam se entrincheirado na vala comum do egoísmo e do personalismo.

Jesus mostra que, agindo assim, os homens se afastam do real sentido da vida. Jesus fala que o verdadeiro sentido da vida é amar a Deus e também ao próximo como a si mesmo (cf. Mt. 22:34- 40). Que o verdadeiro sentido da vida é o amor. E que o verdadeiro amor não mede esforços, se necessário se sacrifica.

Jesus nos diz: ”Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” (Jo. 13:34- 35).

E Paulo nos conclama: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.” (Gl. 5:13).

Tomemos a responsabilidade que nos cabe e lutemos para engrandecer nossas ações e para mostrarmos o amor de Deus em nós. Porque a Palavra nos diz: "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." (I Co. 10:31).



SOLO DEO GLORIA!!!!

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