domingo, 19 de abril de 2009


SEM AMOR


Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. (I Corintios 13: 1- 3)

Quando alguém me falou que mais importante em que estar na obra é ter o coração voltado à obra, pensei por um minuto para constatar a realidade da frase.

Sem dúvida, se não tivermos o coração voltado para a obra de DEUS, com sentimento de amor e gratidão por aquele que enviou seu único filho para morrer em resgate de muitos, de nada vai adiantar estar na obra, nossas ações serão vazias e sem sentido. Em nada será proveitosa a tarefa que não for realizada por amor. A tarefa mais simples se tornará cansativa e aborrecida. Não conseguiremos sentir prazer e nem mesmo sentiremos a benção de ser úteis à obra do Reino. Sentimos como um enorme fardo atado às nossas costas, algo tão pesado que mal é possível o movimentar-se.

Contudo, devemos lembrar que o Senhor Jesus nos diz que seu fardo é suave (cf. Mt. 11:30), oras, se o fardo de Jesus é leve, em sua obra, não podemos sentir o peso, ao contrário o que devemos sentir é o amor e o cuidado d’Ele por nós e o nosso amor e gratidão por tão grande ato de amor d’Ele por nós.

Mesmo no mundo secular encontramos expressões populares que falam desse mesmo assunto:

· “O que é de gosto, regalo da vida.”
· “Quem corre com gosto não se cansa”.

Ou seja, até mesmo na vida secular, se não fizermos as coisas com amor, tudo será mal feito.
Quando estamos com o coração voltado, em amor, para a obra de Deus, com certeza tudo se torna mais prazeroso. Fazemos tudo com mais alegria, e não fazemos em busca de mérito pessoais, pois sabemos que aquilo que estamos realizando é para Deus, e não para o homem.

Porém, quando fazemos por obrigação, ou por termos nos comprometido com alguém, sem estar com o coração realmente voltado para fazer alguma coisa, a tarefa se torna árdua, pesada e cheia de “espinhos”.

Não há como fugir do amor. Tudo que Jesus fez, fez por amor; porque Jesus é Deus e Deus é amor. Por tudo que Jesus representa em nossas vidas, através da tão grande salvação que Ele nos dá. E por sabermos que somos salvos; o nosso sentimento deve ser de amor e voltar os nossos corações para a obra de Deus com gratidão por tudo o que Ele já nos fez de bom.

Muitas vezes é extremamente difícil conciliar nossa vida cotidiana (com todas as nossas necessidades pessoais e materiais) e a realização das tarefas necessárias à obra de DEUS, assim como é difícil estar na obra de DEUS diante das enormes dificuldades por que passa a própria obra.

Muitas vezes pensamos em desistir, diante todas as dificuldades que se levantam. Em alguns momentos parece que não temos forças suficientes para superar os obstáculos. Em outros momentos, parece que não teremos tempo suficiente para realização de todo trabalho que precisa ser desenvolvido. E ainda mais tendo que buscar nosso sustento pessoal e de nossa família, buscar satisfazer nossas necessidades mínimas de alimentação, vestuário, locomoção, entre outras coisas; e aí nós nos sentimos incapazes, ineficientes e perdidos. Mas, a verdade é que Jesus nunca chamou desocupados, ou preguiçosos para estar com Ele. Quando Jesus chamou Pedro, ele estava trabalhando; João e Tiago também estavam trabalhando; Mateus também trabalhava quando foi chamado e nenhum deles recusou o chamado de DEUS em sua vida, ao contrário, todos largaram tudo para acompanhá-lo e para estar em sua obra, eles entenderam que estavam diante do único que distribuía o verdadeiro amor, porque, de fato, Ele é o AMOR; e decidiram devotar a suas vidas aquilo que realmente importava.

E depois da morte e ressurreição de Jesus, eles entenderam da urgência e da importância em realizar a obra, mas seus corações estavam voltados ao Reino de DEUS e sua obra. E faziam a obra por amor e gratidão, não por obrigação, imposição de um cargo ou para receber bênçãos.
Nossas orações devem ser para termos um coração voltado à obra de DEUS; para que nossa verdadeira alegria esteja em atuar de forma efetiva para o progresso do Reino de DEUS. Que tenhamos consciência da urgência para a execução dessa obra, já que Jesus está voltando.


MARANATÁ! VEM SENHOR!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Eu não estou só!

Salmo 22. 1, 2: Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonastes? Por que estas tão longe de salvar-me, tão longe dos meus gritos de angústia? Meu Deus! Eu clamo de dia e não me respondes; de noite, e não recebo alívio!


Quando lemos a frase acima, “Meu DEUS! Meu DEUS! por que me abandonastes?”, sem dúvida podemos sentir lamento e desespero por que passa o salmista.

Isso ocorre porque, de alguma forma, nos identificamos com esse sentimento de abandono em que o salmista se encontrava.

Quantas vezes nós não sentimos a mesma coisa? Quantas vezes nós não achamos que DEUS nos abandonou e se esqueceu de nós?

Várias vezes. Por diversas vezes, diante de nossas frustrações e desejos mal sucedidos, começamos a crer que somos pessoas abandonas e atiradas à própria sorte, não raro nos sentimos vítimas (até mesmo de DEUS!).

Porém, se continuarmos a ler a Bíblia, vamos encontrar outra pessoa, além do salmista, dizendo a mesma frase: “meu DEUS! Meu DEUS! por que me abandonastes?”.

Em Mateus 27:46, encontramos Jesus pendura na cruz e clamando: “MEU DEUS! MEU DEUS! POR QUE ME ABANDONASTES?”.

Ele estava em meio ao momento de maior aflição e sofrimento ( algo que para nós é inimaginável), com direito e motivos para sentir-se absolutamente excluído dos cuidados de DEUS. No entanto, devemos perceber que mesmo questionando “por que me abandonastes?”, Jesus clamava ao “DEUS MEU”.

A palavra “meu” é um pronome determinativo de objeto pertencente a primeira pessoa do singular, relativo a mim, portanto uma palavra relativa a uma posse pessoal. O que significa que Jesus reconhecia, que apesar de todos os sofrimentos, problemas, decepções e angustias pessoais, DEUS continuava sendo DEUS; que DEUS está acima de tudo e de todas as nossas frustrações e sofrimentos pessoais. Que DEUS é o nosso SENHOR, não importando o que venha a nos ocorrer.

Devemos ter como certo que é em meio as grandes aflições que o poder de DEUS se manifesta. Foi assim quando da travessia do povo pelo Mar Vermelho (Êx. 14); foi assim quando Senaqueribe ameaçou invadir Jerusalém e teve seu exército dizimado (II Cr. 32).

Foi assim com o próprio Cristo Jesus que foi crucificado e morto, mas que ressurgiu dos mortos e venceu a própria morte, trazendo a esperança de salvação e vida eterna.

O salmista também reconhece a soberania de DEUS e no verso 3 ele diz: “Tu, porém, és o SANTO, és rei, és o louvor de Israel.”

Não esqueça: DEUS é sobre todas as coisas! DEUS é apesar de todas as frustrações; e DEUS, de fato, não te abandona nunca. Ele apenas usa os momentos de aflições para nos aperfeiçoar e fazer resplandecer Sua glória sobre nossas vidas.