terça-feira, 21 de julho de 2009






Se não tiver amor



Se não tiver amor, nada disso me aproveitará. (I Co. 13:3b)

É possível viver na igreja, executar diversas tarefas, exercer um ministério, pregar várias vezes por semana, ensinar, liderar grupos e, ainda assim, tudo se tornar irrelevante?

Com toda certeza essa possibilidade é muito maior do que se pensa e talvez esse seja um dos motivos que levou o apóstolo Paulo afirma que se fizermos qualquer dessas coisas sem amor não tiraremos proveito delas.

O amor é a essência de todo o cristianismo e se não tivermos amor pela obra de DEUS estaremos reduzindo a obra de DEUS a um patamar menor.

Quando alguém me falou que mais importante do que estar na obra é estar com o coração voltado à obra, entendi esse pensamento como a mais pura expressão da verdade. Quem está com seu coração voltado à obra de DEUS, é porque está com seu coração voltado ao próprio DEUS e, por isso mesmo, sabe da urgência de estender a obra do SENHOR a todos os povos.
Muitas vezes observamos pessoas que chegam, se inserem na obra e que rapidamente se afastam dela como se nunca estivessem estado lá. Outros vemos que, em sua forma de agir dão a impressão de estarem usufruindo os benefícios do que fazem: os que pregam bem acabam admirados por aqueles que os ouvem, os que ensinam ganham respeito dos que aprendem deles e os que lideram influenciam os seus liderados. Mas em todo tempo continuam humildes e buscando servir.


Isso ocorre porque são pessoas que entenderam quando João diz que Deus é amor e aqueles que não amam não conhecem a Deus (1 João 4:8).

Quando conseguimos entender a verdadeira essência de DEUS, com certeza somos tocados por seu amor e isso nos faz desejos de servir ao nosso Salvador. Quando conseguimos entender o ato de amor traduzido pela morte sacrificial de seu filho unigênito, nos colocamos a disposição de sua obra, para poder distribuir um pouco do amor com que fomos agraciados.

João afirma “que aquele que não ama seu irmão a quem vê não pode amar a Deus que não vê” (1 João 4:20). Isso porque o amor é a atitude que dá significado e proveito ao que nós fazemos aos outros, por amor àquilo que Jesus fez por nós.


Tudo o que fazemos deve ser permeado pelo amor àqueles que serão atingidos pelas nossas obras. O amor dá um significado especial para aquilo que fazemos aos olhos daqueles que o recebem. Todos percebem isso quando são atendidos por um funcionário que está apenas cumprindo as horas obrigatórias do emprego e quando o são por alguém que gosta do que faz. Todos se lembram daquele professor que dava aula apenas por que precisava e daquela professora que o fazia porque amava os seus alunos e queria ajudá-los a crescer. E tudo o que fazemos deve refletir o imenso amor de Jesus por e em nós.


Contudo, infelizmente é possível ser pastor sem amar as ovelhas, ser diácono sem gostar de ser servo, ser bispo ou apóstolo apenas para ter poder e status. Mas também como diz o apóstolo Paulo nossas obras podem até ser feitas sem amor, mas no último dia, quando prestarmos contas a Deus de nossos atos, entenderemos porque eles não tiveram proveito (1Coríntios 3:12-15).
SOLO DEO GLORIA!!!!

quarta-feira, 8 de julho de 2009



Valores humanos.


Nestes últimos tempos tenho sentido que tem se dado mais ênfase aos valores patrimoniais e que, o valor da vida humana é muito pequeno.

Tenho sentido na própria pele que as pessoas não se importam com as necessidades alheias. E que a cortesia não mais existe. Raramente vemos alguém mais jovem ceder seu lugar aos mais idosos, constatamos com pesar que o bom senso de tirar as crianças do assento para os mais velhos sentarem é coisa que se perdeu no tempo, ficou no passado.

Atualmente o egoísmo é a tônica permanente e cotidiana.

Tudo o que encontramos são as pessoas em busca de seus próprios interesses. São pais, que a título de agradar seus filhos, estão criando legiões de egoístas, ensinando aos seus filhos a dar maior valor ao individual e deixando de ensinar o valor do coletivo, do social. Vemos os pais se esforçando ao máximo para agradar, realizando todos os desejos dos filhos, mas não ensinando a compartilhar, a respeitar os direitos e limites alheios.

Não sei quem foi, mas sei que em algum momento alguém ensinou que os bens patrimoniais são mais importantes que o ser humano.

E o pior é que nós acreditamos. E hoje ficamos atônitos ao vermos alguém matar por conta de um simples incidente de trânsito. Hoje é normal vermos um segurança bancário virar o rosto, fingindo não ver o idoso que está passando mal na porta do banco. Ele não poderia pedir para que alguém no banco chamasse o resgate? Isso iria interferir em seu trabalho?

De fato os valores estão invertidos. E é nossa obrigação, como cristãos, restabelecer os verdadeiros e reais valores de humanidade e altruísmo. Caso contrário estaremos sendo coniventes com essa situação.

Se olharmos a Bíblia encontraremos que Jesus também se confrontou (e combateu) com egoísmo; com pessoas que também invertiam os valores éticos e humanos. Pessoas que, para proveito próprio, colocavam as ofertas como mais importante que o próprio altar.

Em Mt. 23:16- 20, Jesus deixa claro que os escribas e os fariseus davam importância muito maior aos bens materiais, do que aos bens espirituais. Eles, assim como muitos de nós hoje em dia, acreditavam que o patrimônio e as riquezas eram mais importantes que o homem, ou mesmo que Deus.

Jesus chega a chamá-los de cegos, por que na realidade eles perderam o verdadeiro senso de valores. Eles haviam se afastado de tudo aquilo que realmente era importante.

Em outro momento, os fariseus, chegam a confrontar Jesus por conta da tradição que manda lavar as mãos e Jesus fala-lhes da quebra do mandamento de honrar pai e mãe, por eles “oferecerem” todos os bens a Deus, única e exclusivamente para não ter que dar aos pais (Mt. 15:1- 6). Com certeza esses homens haviam se afastado de tudo aquilo que se chamava dignidade e comunitário; haviam se entrincheirado na vala comum do egoísmo e do personalismo.

Jesus mostra que, agindo assim, os homens se afastam do real sentido da vida. Jesus fala que o verdadeiro sentido da vida é amar a Deus e também ao próximo como a si mesmo (cf. Mt. 22:34- 40). Que o verdadeiro sentido da vida é o amor. E que o verdadeiro amor não mede esforços, se necessário se sacrifica.

Jesus nos diz: ”Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” (Jo. 13:34- 35).

E Paulo nos conclama: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.” (Gl. 5:13).

Tomemos a responsabilidade que nos cabe e lutemos para engrandecer nossas ações e para mostrarmos o amor de Deus em nós. Porque a Palavra nos diz: "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." (I Co. 10:31).



SOLO DEO GLORIA!!!!